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20/09/2023     Hannah Holanda     Ciúmes

Cíumes e Carência Afetiva

Cíumes e Carência Afetiva

Com certa frequência escutamos a célebre frase: “Se tenho ciúmes, é porque eu te amo”. Logo, seria o ciúme um sinal de amor? Mas quais são os limites dessa afirmação? O ciúme é um dos primeiros sentimentos que a criança experimenta no desenvolvimento psicológico e surge a partir da comparação com o outro. Ele é uma reação à ameaça da perda de atenção ou afeto dos pais. Sendo assim, podemos entendê-lo como uma projeção dos medos e inseguranças de uma pessoa sobre sua relação, que podem incluir a privação do objeto de amor ou a possibilidade de um rompimento com o mesmo.

Por se tratar de uma projeção, o ciúme acaba sendo um processo interior onde uma informação é internamente mal compreendida como vinda de fora, do outro. Além disso, ele também pode ser uma manifestação de conflitos inconscientes. Como rivalidades que remontam à infância. Um exemplo disso está no conflito entre irmãos, originado quando a criança percebe que o seu objeto de desejo é compartilhado com outras pessoas e o ciúme passa a se caracterizar como uma forma de proteção do objeto de perda.

O ciúme é uma reação natural até certo grau, mas é necessário reconhecer esse sentimento. apenas quando trazemos algo para consciência é que podemos encontrar estratégias saudáveis para lidar com essa questão. Quando não reconhecemos o ciúme, ele pode nos enganar mascarando-se enquanto mudanças drásticas de humor, reações acaloradas de irritação e fúria a qualquer contrariedade, mau humor repentino e mutismos inexplicáveis que atormentam o alvo do ciúme. Por vezes, ele também pode se mostrar disfarçado através de zelo, cuidado amoroso, preocupação com bem estar do outro, proteção excessiva, medo da perda etc.

O ciúme não é, unicamente, um sentimento: ele vem acompanhado por uma experiência muito particular e decisiva na constituição do sujeito e das bases das relações interpessoais do mesmo no desenvolvimento da personalidade. na infância, ele pode ser visto como um sinal de que a criança está experimentando dificuldades e é um forte indicador de que a mesma está sofrendo de ansiedade da separação e de um vínculo inseguro com a figura de cuidado.

O ciúme também pode ser visto como um sinal de que a criança está começando a desenvolver um self independente e uma noção de individualidade. No entanto, é importante que as figuras de cuidado respondam de maneira adequada aos sentimentos de ciúme da criança, pois isso pode ajudar a construir uma base sólida para o desenvolvimento saudável da personalidade e das relações interpessoais.

Quando se tem bases relacionais seguras e confiáveis, o ciúme atua no  desenvolvimento saudável da personalidade. O termômetro entre o saudável e o patológico está no equilíbrio e no autoconhecimento.

E você, como está lidando com o ciúme?


Hannah Holanda
Psicóloga Clínica - CRP 10/07659

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